Você já parou pra pensar como seria seu faturamento se metade das suas reservas não precisassem pagar comissão pra OTA?

Esse é o dilema silencioso de muitos hoteleiros e anfitriões: crescer com a ajuda das plataformas — mas não ficar refém delas.

A verdade é que reservas diretas não caem do céu. Elas não vêm por mágica, nem por sorte.
Mas também não exigem fórmulas mirabolantes ou investimentos absurdos.
O que elas pedem é intenção, consistência e uma boa estratégia.

Neste artigo, a gente vai te mostrar caminhos reais e testados pra transformar seu site, sua comunicação e suas ofertas em um canal direto com o hóspede — sem depender tanto das OTAs.

Se você quer mais autonomia, mais margem e mais vínculo com quem escolhe ficar com você, fica aqui com a gente.

Vamos começar.

Mas afinal, o que são reservas diretas (e por que isso importa mais do que parece?)

Reservas diretas são aquelas que acontecem entre você e o hóspede, sem atravessadores. Sem comissões, sem filtros, sem plataformas terceiras tentando empacotar sua experiência como se fosse só mais uma.

E quando isso acontece, muita coisa muda.

Mais lucro por reserva, menos margem indo embora

Segundo o SiteMinder’s Changing Traveller Report (2023), hotéis que focaram em estratégias de reservas diretas viram sua margem líquida crescer até 30%. Isso não é exceção — é consequência de cortar o intermediário e valorizar o relacionamento direto.

Mais controle da narrativa (e da experiência)

Quando o hóspede reserva diretamente com você, ele já começa a viver sua história. Você consegue se apresentar como é, alinhar expectativas e criar uma experiência mais personalizada — antes mesmo do check-in. A plataforma de reputação TrustYou mostra que 79% dos hóspedes preferem reservar direto quando sentem que terão um atendimento mais humano.

Mais vínculo no pós-viagem

Quem veio direto também sai com uma lembrança mais forte — e com mais chances de voltar. Só com reservas diretas você pode continuar o relacionamento: enviar uma pesquisa sincera, um e-mail de agradecimento, uma oferta especial para o próximo feriado.

Mais estabilidade, menos sustos

Depender só de um canal é o mesmo que construir num terreno alugado. Se a política da OTA muda, seu faturamento desaba. Já com uma estratégia de reservas diretas, você ganha musculatura para atravessar crises com mais segurança — e manter sua identidade mesmo quando o mercado aperta.

Antes de querer mais reservas diretas, sua casa está mesmo pronta pra isso?

Não adianta anunciar, investir em tráfego ou oferecer vantagens se o básico não estiver resolvido. Pedir uma reserva direta sem preparar o terreno é como convidar pra um jantar e esquecer de arrumar a mesa.

Seu site vende… ou só informa?

Segundo o Google Think Hospitality, 52% dos viajantes abandonam sites de hotéis se não encontram o que procuram em menos de 10 segundos. Seu site precisa ser rápido, responsivo e pensado para mobile. E mais: precisa ter um objetivo claro — e conduzir o hóspede até ele.

Isso quer dizer:

• Fotos que emocionam (e não só ilustram)
• Textos que contam e conectam (não apenas descrevem)
• Um botão de reserva visível, funcional e confiável
• Informações claras sobre preços, políticas, localização e diferenciais

O motor de reservas funciona ou atrapalha?

Um motor de reservas complicado é como um telefone que ninguém atende. O Expedia Group Travel Trends Report mostrou que 35% dos viajantes abandonam reservas quando enfrentam dificuldades técnicas no processo.

Use um sistema integrado, testado, aprovado pelo Google Hotel Ads e que ofereça:

• Experiência fluida, sem fricção
• Confirmação automática e personalizada
• Suporte a pagamento seguro e claro

A experiência digital já entrega o que a hospedagem promete?

Coerência é tudo. Se sua pousada oferece acolhimento, o site precisa acolher. Se seu hotel é sofisticado, o digital precisa traduzir isso nos detalhes.

Um estudo da Revinate apontou que experiências digitais mal cuidadas estão entre os cinco principais fatores de desistência no processo de reserva direta.

Checklist rápido:

• Seu domínio é profissional ou usa um gratuito?
• Sua identidade visual é consistente em todos os pontos?
• O tom de voz do seu site e redes reflete sua marca?

Se a resposta para alguma dessas for “não sei” ou “ainda não”, talvez seja o momento de reorganizar antes de atrair.

Onde as reservas diretas realmente começam (e não, não é no anúncio)

Reservas diretas começam antes do clique. Antes do anúncio. Antes até mesmo do Google.

Elas nascem no momento em que sua marca se torna memorável.

Começa na percepção

De acordo com uma pesquisa da Skift Research, 71% dos hóspedes preferem reservar diretamente com hospedagens que transmitem confiança e autenticidade — mesmo que o preço seja um pouco maior do que nas OTAs.

Isso quer dizer que a jornada da reserva direta começa muito antes da oferta. Começa no conteúdo que você publica. Nas histórias que sua marca conta. Nas emoções que você desperta.

Não é só sobre o que você vende. É sobre como você é lembrado.

Começa no boca a boca (e ele agora é digital)

A Tripadvisor revelou que 81% dos viajantes leem avaliações antes de decidir uma reserva. E mais: segundo a TrustYou, uma nota 4.5 com bons comentários converte melhor do que 5 estrelas silenciosas.

Ou seja: o hóspede satisfeito é o melhor tráfego orgânico que existe.

Invista em pós-experiência. Peça avaliações com carinho. Responda com cuidado. Compartilhe essas vozes nos seus canais com verdade, e não com autocelebração.

Começa na consistência

Imagine encontrar uma pousada linda no Instagram, mas ao entrar no site… o encanto desaparece.

A quebra de expectativa é um dos maiores sabotadores de reservas diretas. Segundo a BookingSuite, 39% dos viajantes não finalizam a reserva se sentem qualquer tipo de desconfiança visual ou técnica.

Consistência visual, textual e emocional é o que transforma curiosidade em cliques — e cliques em reservas.

Como atrair mais reservas diretas (de verdade)

Se as reservas diretas não caem do céu, então o que faz elas acontecerem?

Três pilares: visibilidade, desejo e facilidade. E tudo isso precisa ser construído com intenção.

1. Torne sua marca fácil de ser encontrada (SEO + Google Business)

Você pode ter o lugar mais encantador do mundo — mas se ele não aparece na busca, ele não existe para quem ainda não te conhece.

• Mantenha seu Google Business Profile atualizado com fotos reais, horários e link para reserva direta.
• Otimize seu site para palavras-chave locais, como “pousada em Tiradentes com lareira” ou “hotel em Gonçalves com vista para as montanhas”.
• Segundo dados da Google Travel, 60% dos viajantes começam o planejamento da viagem em mecanismos de busca — e 82% clicam nos primeiros resultados.

Aparecer onde o hóspede procura é o primeiro passo para sair da sombra das OTAs.

2. Desperte o desejo antes de vender

Ninguém acorda querendo uma diária. As pessoas querem descanso, reconexão, romance, tempo de qualidade. Venda isso.

• Use redes sociais com estratégia emocional: mostre momentos, não só quartos.
• Crie conteúdo útil, como roteiros de viagem, dicas locais ou curiosidades sobre a história da hospedagem.
• Conte histórias com alma. Segundo a Harvard Business Review, decisões de compra emocionais são 2x mais impactantes do que decisões puramente racionais.

Quando você comunica experiências e não apenas amenidades, você sai da guerra de preços.

3. Facilite o clique (e a conversão)

Não adianta atrair se, na hora da reserva, o processo é confuso.

• Seu site precisa ser responsivo, rápido e com botão de reserva visível.
• Use um motor de reservas integrado, com calendário, disponibilidade e checkout simplificado.
• Segundo a Phocuswright, 46% dos viajantes abandonam a reserva direta se encontram dificuldade no processo.

Cada clique extra é uma chance a mais do hóspede voltar para o Booking.

O que faz o hóspede dizer “sim” para sua reserva direta

Imagine que o hóspede encontrou sua hospedagem tanto no Booking quanto no seu site. Preço similar. Fotos parecidas. O que faz ele reservar direto com você?

A resposta está nos detalhes que geram confiança + vantagem percebida.

1. Clareza constrói confiança

• Um site bem apresentado, com textos humanos e transparentes, inspira mais segurança do que páginas genéricas.
• Mostre claramente política de cancelamento, check-in/out, e o que está incluído na diária.
• Destaque o que é exclusivo: “somente para reservas diretas, incluímos café artesanal e estacionamento”.

Segundo uma pesquisa da TrustYou, mais de 70% dos viajantes se sentem mais seguros para reservar diretamente quando o site transmite profissionalismo e clareza.

2. Vantagem exclusiva (sem competir por preço)

• Em vez de oferecer desconto, crie benefícios tangíveis e únicos: um mimo no quarto, early check-in, um brinde local, experiências personalizadas.
• Isso aumenta o valor percebido da reserva direta sem desvalorizar sua diária.

Estudo da Skift Research revelou que 65% dos viajantes consideram “benefícios extras” um fator decisivo para reservar direto — e não necessariamente o menor preço.

3. Sentimento de acolhimento

• Traga um tom de voz acolhedor em sua comunicação direta, algo que o hóspede nunca sentirá vindo de uma OTA.
• Mostre o rosto por trás do negócio. Compartilhe um depoimento seu como anfitrião, ou apresente a equipe com quem o hóspede vai interagir.

Na era da automação, a personalização virou luxo. E é exatamente isso que diferencia quem apenas vende quartos de quem cria vínculos.

A arte de transformar cada hóspede em um embaixador da sua marca

Reservas diretas não terminam quando o hóspede faz check-in. Na verdade, é aí que a próxima começa.

Quem teve uma experiência memorável fala de você. E quem fala de você, vende por você.

1. Pós-experiência é pré-reserva

Uma pesquisa da TripAdvisor mostrou que 81% dos viajantes leem dezenas de avaliações antes de fazer uma reserva — e a maioria dá mais peso para as mais recentes.

Ou seja, você pode ter 300 elogios. Mas se os últimos forem genéricos, frios ou desatualizados, a conexão se perde.

→ Dica: envie uma mensagem sensível após o checkout, agradecendo pela estadia e convidando para compartilhar o que viveu (não apenas “avaliar”).

2. Memórias compartilham melhor que panfletos

Quando você cria experiências com história, estética e alma, os hóspedes postam — espontaneamente.

• Invista em pequenos rituais fotogênicos: um bilhete escrito à mão no travesseiro, um café servido em xícaras locais, um cantinho com luz bonita e frase inspiradora.
• Crie um local “instagramável” que tenha alma — não só estética. Algo que represente sua essência e convide a ser fotografado com emoção, não só com filtro.

Segundo dados da Expedia Group Media Solutions, 67% dos millennials escolhem um hotel baseado em quão bem ele aparece nas redes sociais.

3. Relacionamento é mais barato que remarketing

Mantenha contato com quem já ficou com você. Mas fuja de spam.

• Envie novidades pontuais, com tom humano.
• Convide para um retorno em datas mais calmas, com uma condição exclusiva.
• Relembre bons momentos. Um simples “faz um ano que você nos visitou” já reativa memórias e pode reabrir a janela da reserva.

Em um estudo da Revinate, campanhas por e-mail direcionadas a ex-hóspedes têm, em média, quatro vezes mais conversão do que anúncios frios.

Quando tudo conversa: identidade visual, tom de voz e experiência real

Reservas diretas não nascem de um único anúncio brilhante. Elas são o resultado de uma jornada coerente — onde o que o hóspede vê, sente e vive andam lado a lado.

1. Sua imagem diz o que sua alma entrega?

A identidade visual é a primeira promessa que sua marca faz. Mas ela precisa ser verdadeira.

• Se sua pousada é um refúgio de tranquilidade, não adianta usar cores vibrantes e slogans frenéticos.
• Se o seu diferencial é a gastronomia afetiva, mostre isso nas fotos, no cardápio, no jeito de contar sua história.

Segundo a Forrester Research, 88% dos consumidores dizem que a autenticidade é um fator decisivo na hora de escolher uma marca. E na hotelaria, isso vale dobrado.

2. Tom de voz: a forma como sua marca conversa

Sua legenda no Instagram, seu e-mail pós-reserva, a placa da recepção, o roteiro impresso do check-in. Tudo comunica.

• Escolha um tom que represente quem você é: acolhedor, curioso, elegante, descontraído.
• E mantenha isso em todos os pontos de contato.

Estudos da Lucidpress mostram que a consistência de marca pode aumentar a receita em até 23%. Em outras palavras: quando o hóspede sente coerência, ele confia. E confiança leva à reserva direta.

3. Promessa feita, promessa cumprida

Não adianta uma presença online encantadora se, na hora da chegada, o hóspede encontra algo completamente diferente.

Experiência, branding e operação precisam andar juntos.

→ Alinhe sua comunicação com o que é viável operacionalmente. E alinhe sua operação com o que é belo e memorável o bastante para virar comunicação.

Reservas diretas não caem do céu — mas vamos construir o caminho até elas?

Não é sobre lutar contra as OTAs. É sobre deixar de ser refém delas.

Quando sua marca encontra sua voz, quando sua presença digital conversa com a experiência real, e quando cada ponto de contato com o hóspede transmite clareza, confiança e verdade — as reservas diretas começam a chegar. E elas chegam não por insistência, mas por afinidade.

Você não precisa gritar. Só precisa ser encontrado por quem já está procurando o que só você tem.