Google Ads para hotéis pode virar o jogo — especialmente quando você quer atrair hóspedes na baixa temporada.
Mas diferente daquelas campanhas genéricas que brigam por cliques com todo mundo ao mesmo tempo… aqui, o segredo é fazer menos, com mais intenção.

Quando bem pensada, uma campanha simples pode transformar dias vazios em quartos ocupados por quem realmente valoriza o que você oferece.

Neste guia direto ao ponto, você vai aprender a usar o Google Hotel Ads com foco nos meses de baixa demanda — destacando o que sua região tem de especial e o que sua marca tem de verdade.

Sem complicar.
Sem empurrar.
Sem copiar o que todo mundo faz.

O que é o Google Ads para hotéis e por que ele funciona para atrair hóspedes na baixa temporada

Diferente do Google Ads tradicional — aquele dos links patrocinados de texto que disputam cliques com toda a internet — o Google Hotel Ads atua de forma muito mais cirúrgica e integrada à jornada do hóspede.

Ele exibe seu hotel diretamente nos resultados do Google Search, no Google Maps e até no Google Travel, com informações em tempo real: diárias, fotos, reviews, localização, disponibilidade e o botão de reserva. Tudo isso reunido em um único espaço visual, com destaque, abaixo do nome do seu hotel.

Esse é o ponto mais valioso da jornada digital de um viajante: o momento em que ele já decidiu que quer reservar — só está escolhendo com quem.

É por isso que o Google Hotel Ads funciona tão bem. Ele não atua no impulso, mas no momento da intenção.

Segundo dados da Google, 74% dos usuários usam o buscador como primeira fonte de pesquisa ao planejar uma viagem. E, de acordo com a Propellant Media, usuários impactados pelo Google Hotel Ads têm 41% mais chance de finalizar a reserva diretamente com o hotel.

“O Google Hotel Ads não é mais um diferencial — é um canal obrigatório para quem quer competir de forma justa contra as OTAs.”
— HospitalityNet

Outro ponto relevante é que você pode exibir sua tarifa direta ao lado das OTAs, o que muda o jogo. Isso reduz a dependência de comissões e permite competir com base no valor da experiência, e não apenas no preço.

Se a sua tarifa for igual ou até um pouco acima da OTA, mas você comunicar melhor a experiência (upgrade, café da manhã incluso, atendimento personalizado), o hóspede escolhe você. Aqui, o valor percebido fala mais alto que o menor número.

É por isso que cada vez mais hotéis estão alocando até 67% do seu orçamento digital para campanhas de Google Hotel Ads e metasearch, segundo o Influencer Marketing Hub. A visibilidade é imediata, e a conversão é muito mais quente.

“Reservas feitas por Hotel Ads não começam com dúvida — começam com intenção. E isso reduz drasticamente o custo por aquisição.”
— Koddi, parceiro oficial Google para hotelaria

Além disso, você pode ativar o modo Pay-per-Stay, onde só paga comissão se o hóspede realmente comparecer ao hotel. Isso reduz o risco e protege seu investimento — especialmente na baixa temporada.

Em resumo, o Google Hotel Ads coloca você no lugar certo, na hora certa, com o tipo certo de intenção. Enquanto outros brigam por cliques no topo da página, você aparece no espaço mais visual, mais interativo e mais próximo da decisão.

Se o seu hotel tem uma história para contar e uma experiência diferenciada para oferecer, esse é o canal que permite mostrar tudo isso — no exato momento em que o hóspede está prestes a decidir.

Antes de anunciar no Google Hotel Ads: 3 verdades que você precisa entender

Antes de acender o holofote e colocar seu hotel para brilhar no Google, é preciso olhar para dentro. Porque tráfego não resolve problema de conversão — ele só o amplia.

1. Tráfego sem estrutura é desperdício de orçamento

Segundo dados da Think with Google, 53% dos usuários abandonam um site se ele demora mais de 3 segundos para carregar — e esse número é ainda mais crítico no mobile. Se o seu motor de reservas é lento, confuso ou nada convidativo, o Google não vai salvar seu mês. Pelo contrário: cada clique pago pode virar frustração para o hóspede e prejuízo para o seu bolso.

“É como anunciar uma festa e deixar a porta trancada.”
– Ekoa Agency

2. Você precisa de um parceiro de integração oficial

O Google Hotel Ads funciona em conjunto com seu sistema de reservas ou channel manager. Ele exige que você esteja conectado ao Google Hotel Center por meio de um parceiro certificado (PMS, CRS, motor de reservas ou channel manager).

Sem essa integração, você não consegue exibir preço em tempo real nem habilitar o botão de reserva direta.
👉 Você pode verificar a lista oficial de parceiros certificados neste link: Google Integration Partners.

3. A lógica muda na baixa temporada

Na alta temporada, o hóspede vem por impulso. Na baixa, ele vem por propósito.
Isso exige uma estratégia completamente diferente.

Na baixa temporada, as buscas por “lugares tranquilos para viajar” crescem até 42%, segundo o Google Trends Brasil. E os usuários se tornam mais sensíveis ao valor percebido do que ao desconto em si.

“Quem viaja na baixa temporada não quer só economizar. Quer respirar. Quer silêncio. Quer autenticidade.”
– Ekoa Agency

Etapa 1: Prepare sua base

Antes de investir um centavo, faça este checklist:

✅ Perfil atualizado no Google Business Profile?
Isso inclui fotos de alta qualidade, localização precisa, telefone, link para site e informações como horário de check-in, política de pets e diferenciais do local. Hóspede que encontra tudo ali, reserva mais rápido.

✅ Site responsivo com call-to-action claro?
Seu botão de reserva aparece bem no mobile? Seu conteúdo está atualizado? Seu site carrega em menos de 3 segundos? O Google prioriza quem entrega boa experiência. Seus cliques pagos também.

✅ Motor de reservas integrado ao Google Hotel Center?
Se você não sabe responder, pergunte ao seu sistema de reservas. Essa integração permite que seu preço apareça no mapa e nos cards do Google, lado a lado com as OTAs — mas com a vantagem de ser sua tarifa direta.

Se tudo acima for sim, ótimo. Você está pronto para começar.

Se alguma resposta for “mais ou menos”, a dica é simples: não tente construir o teto sem alicerce. Comece por aqui.

Etapa 2: Crie campanhas com foco na baixa temporada

Agora sim. Vamos usar o Google Hotel Ads a seu favor, com foco estratégico.

1. Use o diferencial da sua região na baixa temporada

Pare de tentar parecer um destino genérico. O que há de único aí quando os turistas vão embora?

🔹 “Menos fila, mais liberdade: conheça Paraty sem multidão.”
🔹 “Vila de pescadores, mar calmo e pousadas cheias de charme. Setembro é o novo janeiro.”
🔹 “Outono no campo com lareira acesa e silêncio de verdade.”

Quem viaja fora de época valoriza a calma, o tempo de qualidade, o contato humano. Fale com esse hóspede — ele está mais atento e menos apressado.

2. Crie uma oferta real, com sensibilidade

Nada de pressão do tipo “Últimas vagas” se o hotel está com 40% de ocupação. Isso quebra a confiança.

Ofereça um mimo que seja real e relevante:

🔸 “No mês de agosto, ganhe um café colonial com produtos da fazenda local.”
🔸 “Reservas diretas ganham upgrade gratuito para quarto com vista.”

Segundo estudo da Phocuswright, ofertas com apelo emocional geram 28% mais conversões do que aquelas baseadas só em preço.

3. Escolha bem seu modelo de lances (bidding)

O Google Hotel Ads permite dois principais formatos:

• CPC (custo por clique): ideal quando você tem boa margem por reserva e quer mais controle.
• CPA (custo por aquisição): você paga só quando a reserva se concretiza. Ideal para baixa temporada, pois protege seu orçamento.

A maioria dos hotéis independentes e pousadas de pequeno porte se sai melhor com o CPA, especialmente em períodos de menor demanda.

Etapa 3: Personalize sua landing page (ou página de reserva)

Quando o hóspede clica na sua tarifa direta, ele não pode cair na home do site ou em um motor genérico sem alma. Isso quebra o encantamento.

Sua página de destino precisa continuar a conversa com ele:

• Foto real da experiência prometida (não banco de imagem)
• Título claro com o benefício: “Três dias de silêncio com café na varanda e ar puro da serra”
• Depoimento autêntico: “Fomos em junho e foi mágico — parecia que o tempo parou.”
• Botão direto de reserva. Nada de menus confusos.

Segundo a Statista, a taxa média de conversão de uma boa landing page é de 5,31%, mas páginas personalizadas ultrapassam 10%.

Etapa 4: Meça o que importa

Evite se perder em vaidade digital. Likes não enchem quartos.

Monitore semanalmente:

🔍 CTR (taxa de cliques): Está atraindo a atenção certa?
💰 Custo por reserva: Está pagando um valor justo por cada nova reserva?
📊 Proporção de reservas diretas vs. OTAs: Está avançando na sua independência digital?

E principalmente: pergunte aos seus hóspedes como chegaram até você.
Adicione a pergunta no check-in, na confirmação por WhatsApp ou no pós-estadia.

“Se não mede, não melhora. Se não pergunta, não aprende.”
— Ekoa Agency

Dica extra: Google Hotel Ads + Light Copy = mais conversão

Quando o tráfego vem, o que o hóspede encontra?

Essa pergunta vale ouro.

Anúncios bem segmentados podem levar visitantes certos até a sua pousada. Mas é o tom da sua mensagem — e o cuidado da sua entrega — que transforma clique em reserva.

É aqui que entra o poder da Light Copy: uma escrita que não grita, mas convida. Não empurra, mas desperta. Que une emoção, verdade e clareza.

A combinação que funciona de verdade:

1. Um anúncio leve, com promessa real (sem forçação)

Nada de “o melhor da região” ou “tarifas imperdíveis” genéricas.

💡 Exemplo eficaz:

“No inverno, Monte Verde desacelera. E você também pode.”

Esse tipo de frase se conecta com o desejo emocional do hóspede e gera até 2x mais cliques qualificados, segundo análise da Wordstream com anúncios de turismo.

A promessa precisa ser específica e alinhada com a experiência real. Isso reduz a taxa de rejeição e aumenta o tempo médio no site — dois fatores essenciais para a qualidade do tráfego.

2. Uma oferta coerente com sua identidade

Ofertas desconectadas da experiência criam atrito. Se sua pousada é charmosa e intimista, não ofereça uma “promoção relâmpago de 48h” em tom agressivo.

🎯 Exemplo com coerência:

“Fora de temporada, a lareira acende mais cedo. Reserve direto e ganhe um vinho da região.”

Segundo o Hospitality Trends Report 2024, ofertas que reforçam a proposta de valor do hotel aumentam a taxa de conversão em até 34% em campanhas digitais.

Ou seja: não invente uma persona de marketing. Use o que já é verdade no seu lugar. Só que com mais intenção na forma de contar.

3. Uma página de destino sensível, bonita e funcional

Clique não é garantia de reserva. E o que faz o hóspede desistir, quase sempre, não é o preço — é a frustração da experiência.

Estudos da Booking.com Insights Lab mostram que 62% dos viajantes abandonam a reserva por causa de interfaces confusas ou lentas. E 70% querem ver fotos reais e atualizadas.

Sua landing page precisa:

• Manter o tom da campanha: se o anúncio é sereno, a página não pode parecer uma liquidação de Black Friday.
• Mostrar imagens que emocionam: da varanda com neblina, do café servido com cuidado, do livro esquecido sobre a rede.
• Guiar com leveza: botão visível, poucas distrações, argumentos curtos, diretos e humanos.

4. Um convite que parece conversa, não propaganda

“A boa copy não vende. Ela convida.”
— Leandro Ladeira, criador da metodologia Light Copy

Traga o hóspede para dentro da sua história.

💬 Exemplo com tom convidativo:

“Tem gente que acha que viajar fora de temporada é perder o melhor. A gente acha que é encontrar o essencial.”

Essa abordagem não parece marketing — e por isso mesmo quebra objeções com mais eficiência.

Aliás, o Google Think Travel 2024 mostra que anúncios com tom conversacional têm 23% mais impacto na decisão de compra, especialmente em segmentos de hospitalidade.

E o resultado?

Quando você une o tráfego certo (Google Hotel Ads) com a mensagem certa (Light Copy), o hóspede certo sente que encontrou o lugar certo.

Essa harmonia é o que torna a jornada leve.
E leveza, hoje, vende mais do que urgência.

Baixa temporada não é sinônimo de baixa demanda

Quando a comunicação é feita com calma, clareza e intenção, o Google Ads deixa de ser um gasto e passa a ser um investimento — na sua história, no seu valor e na sua relação com os hóspedes certos.

E a verdade é que você não precisa parecer grande. Só precisa parecer você.
Com um toque de estratégia e uma boa conversa, até os meses mais lentos podem virar cenário de novas reservas, memórias e indicações.

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